A blockchain é a estrutura responsável por sustentar todo o sistema monetário dos bitcoins. A moeda digital é descentralizada, isso significa que não pertence a nenhum governo ou ordem privada. A sua circulação é garantida através de um sistema de rede que explicaremos abaixo: Como funciona o blockchain Também conhecido como “protocolo da confiança”, esse é o conjunto de operações responsável pela validação das transações em BTC, ou seja, é o processo pelo qual se movimenta e se geram moedas na rede. De forma simplificada, os computadores que “mineram” os bitcoins também são os responsáveis por “atestar e registrar” as transações. Por exemplo: Quando um computador minera um bitcoin, ele precisa resolver um problema matemático de alta complexidade, ao terminar ele recebe uma fração da moeda como recompensa. Acontece que o cálculo dessa resolução é o sistema de registro das movimentações financeiras, que fica guardado em blocos de dados permanentes e descentralizados, por isso o termo “blockchain”. Esses processos garantem a independência da rede monetária e a organização e circulação do BTC na nuvem. Blockchain e a valorização do Bitcoin A estrutura de blockchain é a responsável pela valorização do BTC em relação aos outros sistemas monetários. Isso porque a cada operação matemática resolvida pelos computadores especializados em mineração, aumenta-se a complexidade dos cálculos e vai se tornando cada dia mais difícil extrair bitcoins novos e cuidar da gestão de custos do processo. Além disso, o gasto de energia envolvido na extração das moedas ultrapassa a média anual de 159 países. O consumo chega a 0.13% do valor global gasto de acordo com a pesquisa realizada pela Digiconomist. Basicamente, a perspectiva é que os gastos energéticos da mineração virtual ultrapassem a eletricidade mundial até 2020. Por isso esse tema também tem gerado discussões ambientais. Com a dificuldade de minerar as criptomoedas, o valor unitário se valoriza a cada dia, porém a instabilidade desse mercado traz grandes riscos de investimento. Da mesma forma em que os lucros aumentam, eles podem decair drasticamente. Os entusiastas em bitcoin precisam estar sempre alertas.
Quando o assunto é criptomoedas, um dos pontos que mais chama a atenção de investidores e curiosos tem a ver com a segurança. Faz todo o sentido, pois é comum desconfiar de um mercado que surgiu do nada e não possui qualquer tipo de regulação. Mas, afinal, podemos dizer que essas moedas virtuais são seguras? Para responder essa pergunta, é importante entender previamente o sentido de segurança. Veja ->>>
O sistema do Bitcoin é seguro? Não é novidade que o mundo caminha rapidamente para a imersão digital. Assim, notícias em relação a ataques de hackers, falhas de sistemas e cibercrimes se tornam mais e mais frequentes. Visto isso, é natural que a ideia de uma moeda que exista apenas virtualmente, sem qualquer regulação, desperte algumas preocupações. Para entender o primeiro ponto em relação à segurança do Bitcoin, é preciso entender um pouco da tecnologia que possibilita sua existência: o Blockchain. É possível que você já tenha escutado falar desse termo, certo? Este sistema funciona como uma rede (ou cadeia) de registros que surgiu para possibilitar transações descentralizadas e autônomas. Isto é, Blockchain é uma cadeia de blocos de informações que registra todas as transações que ocorrem pelo mundo, de forma criptografada. Assim, as compras e vendas de Bitcoins, por exemplo, não dependem de apenas um servidor, e sim de um sistema que é aberto a todos os usuários. Mas como isso garante que o Bitcoin é seguro? As informações armazenadas nos blocos são automaticamente protegidas por um código exclusivo. Essa “assinatura”, também conhecida por hash ou proof of work, garante que o sistema seja interligado, uma vez que cada bloco leva sua própria assinatura e a do bloco anterior.
Crises de Moedas Fiduciárias Uma carteira Bitcoin pode ser muito mais segura do que uma conta bancária. Os cipriotas aprenderam isso de uma maneira difícil quando tiveram suas poupanças confiscadas no começo de 2013. Esse evento foi relatado como o causador de um aumento de preços, já que os poupadores repensaram os riscos relativos dos bancos em relação ao Bitcoin. O próximo dominó a cair foi a Grécia, onde controles de capital rigorosos foram impostos em 2015. Os gregos foram submetidos a um limite de retirada diária de 60€. O Bitcoin demonstrou novamente seu valor como dinheiro sem controle central. Logo após a crise grega, a China começou a desvalorizar o Yuan. Conforme relatado na época, os poupadores chineses recorreram ao Bitcoin para proteger sua riqueza acumulada. Uma influência positiva atual do preço do Bitcoin, ou de pelo menos sua percepção, é a situação argentina. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, comprometeu-se a acabar com os controles de capital. Isso eliminaria a grande disparidade entre as taxas de câmbio oficiais e as do mercado negro entre o dólar e o peso argentino. Os argentinos que podem comprar bitcoins usando dólares do mercado negro provavelmente evitarão perdas financeiras consideráveis.
O mercado de Bitcoin é seguro? Que sua tecnologia é praticamente inviolável, você já deve ter entendido. Mas quando tiramos um pouco o zoom e analisamos o seu mercado, infelizmente ele não é tão livre de perigos assim. As vulnerabilidades do mercado de criptomoedas começam a surgir quando há a interação com o seu usuário. Quando você compra um Bitcoin, essas moedas ficam automaticamente armazenadas virtualmente em uma espécie de carteira. Há diversas formas de guardar suas moedas, isto é, diferentes tipos de carteiras Bitcoin. É possível ter carteiras para desktop, completamente online ou até de papel. É neste ponto que a segurança desse mercado começa a ser preocupante. Como qualquer outro arquivo que você armazena em seu computador, a carteira Bitcoin está exposta a ataques virtuais de pessoas mal-intencionadas. Normalmente, esses ataques ocorrem por meio de malware que se infiltra no seu computador por meio de um download ou de um aplicativo. Não há nada de novo nesse tipo de ataque. Uma vez que ele está devidamente instalado, esse vírus começa a ter acesso a informações relevantes, como o endereço e a senha de sua carteira, por exemplo, e assim, conseguem roubar seu saldo. As exchanges, que são como as plataformas de compra de moedas são chamadas, estão sob constante tentativas de ataques virtuais. Foram vários os casos em que usuários dessas empresas foram deixados de carteira vazia devido a uma invasão geral. Veja alguns casos abaixo: Em março de 2014, foram roubados US$473 milhões da exchange MtGox. Foi o maior roubo de criptomoedas já registrado. Em janeiro de 2015, US$5,1 milhões foram roubados da exchange Bitstamp. Na época, o valor era referente a 19 mil Bitcoins. Em agosto de 2016, a Bitfinex teve US$66 milhões roubados de suas carteiras. Foram cerca de 120 mil moedas furtadas. Em julho de 2017, cerca de US$32 milhões foram roubados das carteiras da Paraty Multisig Wallet. Neste ataque, a moeda alvo foi a Ethereum. Em dezembro de 2017, aproximadamente US$62 milhões foram roubados da grande NiceHash. Também em dezembro de 2017, a empresa mãe da exchange sul-coreana YouBit declarou falência após ter 17% de suas criptomoedas roubadas. Além desses elaborados ataques virtuais, o mercado de Bitcoin registra também outro tipo de fraude: os esquemas de pirâmides. Já conhecidos no mercado, esses esquemas também chamados de esquema de Ponzi ou fraude multinível, enganam pessoas que buscam retornos rápidos a todo custo. Com uma promessa de multiplicar seu dinheiro em um curto período de tempo, as vítimas acabam entrando na falcatrua e comprando criptomoedas falsas. Para “impulsionar” seus ganhos, o usuário é incentivado a compartilhar e trazer mais e mais pessoas para o esquema. Por esse motivo, é fundamental que você conheça bem a exchange por onde está investindo e sempre ter uma pulga atrás da orelha com promessas espetaculares. O caso mais conhecido desse tipo de esquema no mercado de criptomoedas foi o da BitConnect. A plataforma prometia ao investidor um retorno de 1% por dia para quem comprasse a moeda BCC, valor que só era sustentável com a entrada de um grande volume de pessoas no esquema. Esse ponto nos leva ao próximo questionamento: como investimento, o Bitcoin é seguro? Antes de sair colocando seu dinheiro em qualquer moeda, é preciso se planejar e informar.
O Bitcoin como investimento é seguro? Antes de responder essa pergunta, é preciso entender o sentido da palavra risco nesse universo. É provável que já tenha escutado que tal investimento é arriscado ou que o outro quase não tem risco, não é mesmo? Mas o que isso significa? Podemos separar todos os investimentos disponíveis no mercado em dois grandes grupos: Renda Fixa e Renda Variável. Entenda: Os Investimentos de Renda Fixa são todos os títulos que dimensionam o retorno sobre o capital investido no momento da compra. Eles podem ser completamente prefixados e mostrar o valor final em Reais ou podem ser pós-fixados e depender de outra taxa para render, como a Selic, o IPCA ou o CDI. Já os investimentos de Renda Variável, por sua vez, não garantem o ganho de capital, podendo até perder dinheiro no final da operação. Entretanto, normalmente, apresentam um potencial de ganho maior do que os títulos de Renda Fixa. Visto esses conceitos, é possível adivinhar em qual grupo o Bitcoin se enquadra, não é mesmo? Sim, as criptomoedas podem ser consideradas investimentos de Renda Variável. Assim como investir em ações, fundos imobiliários e contratos futuros, quem investe em Bitcoins não tem a rentabilidade garantida no momento da compra. Por isso, fala-se que o investidor assume o risco do investimento. Mas podemos ir ainda mais fundo: investir em Bitcoin é tão seguro quanto investir em ações e outros ativos do mercado tradicional? A resposta é não, sem ainda considerar o risco de roubo apresentado anteriormente.
Quanto valia 1 Bitcoin em 2009? O Bitcoin não foi negociado em casas de câmbio em 2009. Seu primeiro preço registrado foi em 2010. Tecnicamente, o Bitcoin valia US$0 em 2009, durante o seu primeiro ano de existência! Quanto valia 1 Bitcoin em 2010? O preço do Bitcoin não superou US$1 em 2010! Seu preço mais alto no ano foi de apenas US$0,39! O que determina o preço do Bitcoin? Ao contrário das moedas fiduciárias, no entanto, não há preço oficial para o Bitcoin. Apenas várias médias baseadas nos preços em casas de câmbio globais. O Bitcoin Average e o CoinDesk são dois desses índices que relatam o preço médio. É normal que o Bitcoin seja negociado a um preço ligeiramente diferente da média nas casas de câmbio. Mas, discrepâncias à parte, quais fatores determinam o preço do Bitcoin? Oferta e Demanda A resposta geral para “por que esse preço? ” É “oferta e demanda. ” A descoberta de preço ocorre no ponto de encontro entre a demanda dos compradores e o fornecimento dos vendedores. Adaptando esse modelo ao Bitcoin, a maioria da oferta é controlada por adotantes e mineiros mais antigos. Oferta Inspirado pela raridade do ouro, o Bitcoin foi projetado para ter um suprimento fixo de 21 milhões de moedas, com mais da metade desse valor já produzida. Vários adotantes iniciais foram sábios ou sortudos o suficiente para ganhar, comprar ou minerar grandes quantidades de Bitcoin antes que ele tivesse um valor significativo. O mais famoso deles é o já mencionado criador do Bitcoin, Satoshi Nakomoto. Acredita-se que Satoshi tenha um milhão de bitcoins, ou aproximadamente 4,75% da oferta total (de 21 milhões). Se Satoshi soltasse essas moedas no mercado, o excesso de oferta resultante faria o preço entrar em colapso. O mesmo vale para qualquer detentor de grandes quantidades. No entanto, qualquer indivíduo racional que procura maximizar seus ganhos distribuiria suas vendas ao longo do tempo, de modo a minimizar o impacto nos preços. Geração de Interesse Além dos especialistas inicialmente atraídos para o Bitcoin como uma solução para problemas técnicos, econômicos e políticos, o interesse do público em geral tem historicamente sido estimulado por bloqueios bancários e crises de moedas fiduciárias. Bloqueios Bancários Provavelmente, a primeira instância desse tipo foi o bloqueio bancário do WikiLeaks no final de 2010, quando VISA, MasterCard, Western Union e PayPal cessaram o processamento de doações para o WikiLeaks. Após um pedido de Satoshi, Julian Assange se absteve de aceitar Bitcoin até metade de 2011. No entanto, esse evento demonstrou o valor diferencial do Bitcoin como dinheiro eletrônico resistente à censura. O bloqueio mais recente ocorreu quando MasterCard e VISA colocaram o Backpage.com em sua lista negra, um site parecido com o Craigslist que lista, entre outros, serviços para adultos. Os fornecedores de serviços para adultos, cujos meios de subsistência dependem de tais propagandas, não têm como pagá-las usando outra coisa além de Bitcoin. Quando o assunto são negócios com os quais os bancos não se envolvem (abertamente), não há como evitar a menção dos mercados de drogas na darknet. Embora o mercado mais famoso (Silk Road) tenha sido fechado, o comércio de contrabandos por bitcoins continua intenso na darknet. Apesar de apenas 5% dos usuários britânicos terem admitido comprar narcóticos com Bitcoin, esse número provavelmente está subestimado por razões de risco legal. No fim das contas, a controvérsia midiática sobre os mercados da darknet provavelmente levou o Bitcoin ao conhecimento de muitos que, de outra forma, não o teriam conhecido.